segunda-feira, 31 de março de 2014

Chove-me o ser, não a alma. O ser e a alma são capa e contracapa. Não se colam, viram-se cada um para o seu lado.
Os sonhos dormidos estão no ser e na alma há um sentido mais fundo que  existe e não encontro.
Só em momentos raros de lucidez.

domingo, 23 de março de 2014

Sei de cor

Sei de cor o que me dói.
A dor de ser quem sou no momento.
Quando me solto, brinco com as palavras, voo.
E será que sou eu?

Chove como quem chora

Chove como quem chora. Chora o que foi, chora o que vem?
Chuva que molha o sem abrigo que mora aqui ao pé de mim.
Com dignidade e dois cães pequenos, em  alerta.
Ele não os deixa e eles ficam.
A única pertença de quem não tem mais.
Deito-me, penso neles. Acordo, vou à janela.
Não os vejo, mas queria que não chovesse e não fizesse frio no inverno da vida.
Amor de cão?
Meu ou deles?

2 de janeiro de 2014


ISABELA FIGUEIREDO LANÇA “UM CÃO NO MEIO DO CAMINHO”

https://youtu.be/qTt36ja7LOQ?si=Kjlj0eKp0zUYnBLY&t=168