sábado, 5 de dezembro de 2015
domingo, 22 de novembro de 2015
De agora para amanhã
São horas de perder
e ganhar
O bem perdido
O sonho guardado
Passagem irremediável
De medos sem retorno.
Viragem
Transtorno
Vou perseguir.
domingo, 18 de outubro de 2015
Dos Meus Livros: Galveias - José Luís Peixoto
Um rapaz das Galveias
Podemos tirar o escritor da aldeia mas ninguém tira a aldeia do escritor. Por muito que José Luís Peixoto viaje pelo mundo, meses a fio, com uma agenda digna de estrela pop, por muito que dê autógrafos na FLIP (Festa Literária Internacional de Parati, no Brasil), se instale durante uma temporada na Ledig House de Nova Iorque (lugar de criação para autores de todas as latitudes) ou jante com Umberto Eco em Paris, ele nunca deixa de ser um rapaz das Galveias, a pequena povoação do concelho de Ponte de Sor onde nasceu, há 33 anos. É esse, talvez, o segredo da sua humildade e de uma candura que desarma todos os que o conhecem de perto. Os altos voos nunca o deslumbraram e ele continua a ser o “filho do Peixoto”, como repete certa personagem do seu último livro (Cal, Bertrand, 2007). Que é como quem diz: um “filho da terra”, um filho desse Alentejo rural que tem sido a matéria-prima, mesmo se sublimada, de quase tudo o que escreveu até hoje.
José Luís começou a publicar muito cedo, ainda adolescente, nas páginas doDN Jovem (quando por lá andavam Pedro Mexia, José Riço Direitinho, Alexandre Andrade ou Margarida Vale de Gato). Foi no suplemento do Diário de Notícias, dirigido por Manuel Dias, que apareceu a primeira versão deMorreste-me, uma belíssima elegia em prosa sobre a morte do pai. Mais tarde, a versão ampliada desse texto acabou por se transformar no seu primeiro livro, publicado numa edição de autor minúscula e de capa preta (hoje uma raridade bibliográfica). O estilo de Peixoto está todo ali: um denso negrume existencial aliado a um ritmo encantatório, feito de frases bem desenhadas, repetições, síncopes, crescendos e um lirismo sempre à beira do derrame.
Esta forma de escrever atingiu o seu zénite em Nenhum Olhar (Temas e Debates, 2000), um dos melhores primeiros romances portugueses da última década, ao qual foi atribuído o Prémio José Saramago, da Fundação Círculo de Leitores. O romance seguinte, Uma Casa na Escuridão (Temas e Debates, 2002), marcou uma mudança na forma como o meio literário nacional recebe a sua obra. A factura do êxito súbito mostrou-se elevada: houve quem lhe apontasse uma dificuldade em libertar-se de uma lógica narrativa fechada sobre si mesma e surgiram os primeiros sinais de desconfiança face ao “fenómeno Peixoto”, nalguns casos indissociáveis da proverbial invejazinha. Talvez por isso, o seu terceiro e mais recente romance, Cemitério de Pianos(Bertrand, 2006), notável tour de force que cruza uma saga familiar com a história de Francisco Lázaro (o atleta português que morreu durante a maratona dos Jogos Olímpicos de Estocolmo, em 1912), esteve longe de obter o destaque que merecia.
José Luís começou a publicar muito cedo, ainda adolescente, nas páginas doDN Jovem (quando por lá andavam Pedro Mexia, José Riço Direitinho, Alexandre Andrade ou Margarida Vale de Gato). Foi no suplemento do Diário de Notícias, dirigido por Manuel Dias, que apareceu a primeira versão deMorreste-me, uma belíssima elegia em prosa sobre a morte do pai. Mais tarde, a versão ampliada desse texto acabou por se transformar no seu primeiro livro, publicado numa edição de autor minúscula e de capa preta (hoje uma raridade bibliográfica). O estilo de Peixoto está todo ali: um denso negrume existencial aliado a um ritmo encantatório, feito de frases bem desenhadas, repetições, síncopes, crescendos e um lirismo sempre à beira do derrame.
Esta forma de escrever atingiu o seu zénite em Nenhum Olhar (Temas e Debates, 2000), um dos melhores primeiros romances portugueses da última década, ao qual foi atribuído o Prémio José Saramago, da Fundação Círculo de Leitores. O romance seguinte, Uma Casa na Escuridão (Temas e Debates, 2002), marcou uma mudança na forma como o meio literário nacional recebe a sua obra. A factura do êxito súbito mostrou-se elevada: houve quem lhe apontasse uma dificuldade em libertar-se de uma lógica narrativa fechada sobre si mesma e surgiram os primeiros sinais de desconfiança face ao “fenómeno Peixoto”, nalguns casos indissociáveis da proverbial invejazinha. Talvez por isso, o seu terceiro e mais recente romance, Cemitério de Pianos(Bertrand, 2006), notável tour de force que cruza uma saga familiar com a história de Francisco Lázaro (o atleta português que morreu durante a maratona dos Jogos Olímpicos de Estocolmo, em 1912), esteve longe de obter o destaque que merecia.
A vida de Adèle
Repeti.
Voltei a ver, hoje, na RTP2
La vie d'Adèle
Filme de 2013
La vie d'Adèle é um filme francês de drama, dirigido por Abdellatif Kechiche. Ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2013. Baseado no romance gráfico Le Bleu est une couleur chaude de Julie Maroh. Wikipédia
Data de lançamento: 28 de novembro de 2013 (Portugal)
Duração: 3h 7m
Sinopse da Wikipedia
Synopsis
Âgée de dix-sept ans, la jeune Adèle croit que forcément une fille doit rencontrer des garçons et rêve du grand amour. Elle se laisse brièvement séduire par Thomas, élève de Terminale, et met rapidement fin à cette liaison. Elle croise alors Emma, une jeune femme aux cheveux bleus ; c'est le coup de foudre. C'est cette rencontre-là qui bouleverse totalement sa vie. Emma hante chaque nuit ses rêves et ses désirs les plus intimes. Adèle et Emma se rencontrent à nouveau fortuitement, se découvrent, s'aiment follement, vivent ensemble. Mais Emma est une artiste peintre pleine d'ambition, évoluant dans un milieu cultivé et intellectuel ; Adèle tient la maison, fait la cuisine, se contente d'exercer son métier d'institutrice et d'aimer Emma. L'écart se creuse : Adèle se sent seule, déplacée, complexée, elle a une courte aventure avec un collègue. Emma l'apprend, jette Adèle hors de sa vie. Emma se reconstruira, Adèle souffrira l'enfer, incapable d'oublier ce premier amour.
Abdellatif Kechiche
Originaire de Tunisie, arrivé à Nice à 6 ans, le jeune Abdellatif Kechiche prend des cours de comédie au Conservatoire d'Antibes. Passionné par le théâtre, il enchaîne les spectacles, comme acteur (il joue en 1978 du Garcia Lorca à Nice et l'année suivante une pièce d'Eduardo Manet à l'Odéon) mais aussi comme metteur en scène (il monte à Avignon en 1981 L'Architecte et l'empereur d'Assyrie d'Arrabal). Sollicité par le cinéma, il décroche le rôle principal du Thé à la menthe d'Abdelkrim Bahloul, celui d'un immigré algérien vivant d'expédients.
Gigolo chez André Techiné (dans Les Innocents, face à Brialy en 1987) puis dans le très remarqué Bezness de Nouri Bouzid (avec à la clé un Prix d'interprétation à Namur en 1992), Abdellatif Kechiche décide ensuite de passer derrière la caméra. Il a écrit plusieurs scénarios, mais c'est celui de La Faute à Voltaire qui séduit le producteur Jean-François Lepetit. Avec ce premier opus, qui décrit le quotidien d'un sans-papiers, entre galères et rencontres amoureuses, le jeune cinéaste révèle son talent d'observateur bienveillant, mais aussi son sens du romanesque et son amour des acteurs (ici, Sami Bouajila ou Aure Atika). Des qualités qui lui valent le Lion d'Or de la meilleure Première Oeuvre à Venise en 2000 -et qu'on retrouvera dans ses films suivants.
En 2003, Abdel Kechiche réalise avec peu de moyens son second long métrage, L'Esquive, l'histoire d'adolescents de banlieue qui répètent une pièce de Marivaux pour le lycée. L'authenticité de cette oeuvre subtile, qui met à mal les clichés sur les cités, est saluée par une critique unanime avant d'être le vainqueur-surprise des César : le film empoche 4 trophées, dont celui de Meilleur film. Kechiche se lance ensuite dans le tournage de La Graine et le mulet, ou le parcours du combattant d'un vieil immigré algérien qui veut ouvrir un restaurant à Sète. Cette vibrante oeuvre-fleuve reçoit un accueil triomphal à la Mostra de Venise en 2007, et en repart avec un Prix spécial du jury et le prix de la révélation pour la comédienne Hafsia Herzi. Les César plébiscitent une nouvelle fois Kechiche en lui offrant les mêmes quatre récompenses dont celui du meilleur réalisateur.
Gigolo chez André Techiné (dans Les Innocents, face à Brialy en 1987) puis dans le très remarqué Bezness de Nouri Bouzid (avec à la clé un Prix d'interprétation à Namur en 1992), Abdellatif Kechiche décide ensuite de passer derrière la caméra. Il a écrit plusieurs scénarios, mais c'est celui de La Faute à Voltaire qui séduit le producteur Jean-François Lepetit. Avec ce premier opus, qui décrit le quotidien d'un sans-papiers, entre galères et rencontres amoureuses, le jeune cinéaste révèle son talent d'observateur bienveillant, mais aussi son sens du romanesque et son amour des acteurs (ici, Sami Bouajila ou Aure Atika). Des qualités qui lui valent le Lion d'Or de la meilleure Première Oeuvre à Venise en 2000 -et qu'on retrouvera dans ses films suivants.
En 2003, Abdel Kechiche réalise avec peu de moyens son second long métrage, L'Esquive, l'histoire d'adolescents de banlieue qui répètent une pièce de Marivaux pour le lycée. L'authenticité de cette oeuvre subtile, qui met à mal les clichés sur les cités, est saluée par une critique unanime avant d'être le vainqueur-surprise des César : le film empoche 4 trophées, dont celui de Meilleur film. Kechiche se lance ensuite dans le tournage de La Graine et le mulet, ou le parcours du combattant d'un vieil immigré algérien qui veut ouvrir un restaurant à Sète. Cette vibrante oeuvre-fleuve reçoit un accueil triomphal à la Mostra de Venise en 2007, et en repart avec un Prix spécial du jury et le prix de la révélation pour la comédienne Hafsia Herzi. Les César plébiscitent une nouvelle fois Kechiche en lui offrant les mêmes quatre récompenses dont celui du meilleur réalisateur.
Le cinéaste est accueilli chaleureusement à la Mostra trois ans plus tard, avec son long métrage Vénus noire, histoire marquante d'une femme noire exhibée telle une bête de foire au début du 19e siècle à Paris.
En 2012, c'est la consécration absolue pour Kechiche, qui remporte, conjointement avec ses deux actrices (une première !), la Palme d'Or lors du 66ème Festival de Cannes pour La Vie d'Adèle - Capitres 1&2. Librement adapté du roman graphique Le Bleu est une couleur chaude, de Julie Maroh, le film raconte l'amour passionnel entre deux jeunes femmes. C'est un véritable triomphe et le long métrage, qui dure près de trois heures, met d'accord le public, les critiques, et le jury présidé par Steven Spielberg. De plus, il permet une nouvelle fois au réalisateur de révéler une jeune comédienne, Adèle Exarchopoulos, qui brille littéralement aux côtés de sa partenaire Léa Seydoux.
in: http://www.allocine.fr/personne/fichepersonne-3208/biographie/
Abdellatif Kechiche Le graine et le moulet - O segredo de um cuscuz
Gostei e vi na RTP2!
Télerama.fr.
Paradoxe : avec Abdellatif Kechiche, cinéaste qui prend son temps (La Graine et le mulet dure deux heures trente, et encore il a coupé !), on est immédiatement au coeur de tout. Des gens. De leur quotidien. De leurs drames, petits ou grands. Et des instants d'intimité qui les rapprochent. Ainsi le couscous dominical, auquel presque tout le clan assiste, y compris Mario, l'étranger, qui a épousé une des femmes de la famille, mais qu'on charrie, parce qu'il ne sait toujours pas parler l'arabe mis à part quelques mots d'amour. Souad, la cuisinière en chef - la fée du couscous au poisson -, n'oublie jamais d'en préparer une assiette pour Slimane, son ex-mari, qui vit depuis longtemps pas loin, dans le petit hôtel tenu par « l'autre », qui a toutes les qualités, mais dont personne ne mange la cuisine, même les pensionnaires de l'hôtel.
Le couscous, dans le film, c'est tout à la fois. Une connivence. Un lien. La ruse, plus ou moins consciemment trouvée par Souad, pour ne pas se faire oublier de son ex. Ou encore, pour Slimane, la possibilité d'un renouveau. Il a été renvoyé sans ménagement, juste avec quelques sous de dédommagement, du chantier naval où il a travaillé toute sa vie. Loin de se laisser abattre, il décide de retaper un des vieux rafiots qui croupissent sur le port de Sète et d'en faire un restaurant. Avec pour unique plat le couscous au poisson de Souad. Slimane ne peut accepter que sa vie d'immigré en France ait été inutile. Il veut transmettre quelque chose à ses enfants, même si ses enfants s'en moquent totalement, même s'ils lui conseillent, non sans insolence, de retourner finir ses jours au bled, là où il est né...
Ce n'est pas un gueulard, Slimane - contrairement aux femmes de la famille, toujours en voix, toujours en révolte. Aux coups de la vie, il oppose ses balbutiements. Son silence, contredit par un regard qui, lui, en dit long. Il ressemble, en fait, aux doux Italiens du néoréalisme de jadis - Le Voleur de bicyclette ou Umberto D. de Vittorio De Sica. Au burlesque grave imaginé, quelques années plus tard, par Comencini ou Monicelli. Il s'obstine. Ce restaurant, il l'ouvrira, coûte que coûte. Avec l'aide de Rym, la fille de sa compagne, nettement plus bravache que lui (mais les femmes le sont toujours, chez Kechiche), il entame l'héroïque parcours du combattant, obligatoire, en France, pour celui qui songe à monter une petite entreprise : bilans financiers à gogo, licences obligatoires que chaque administration se refile comme dans un ping-pong sans fin. Afin de convaincre les derniers hésitants à lui accorder autorisations et subsides, Slimane décide d'organiser une fête - un couscous au poisson géant...
Depuis L'Esquive, certains comparent Abdellatif Kechiche à Claude Sautet - sans doute pour la minutie de son approche. C'est John Cassavetes qu'il évoquerait plutôt, par son talent pour manier la vraie et la fausse improvisations. Pour observer les êtres au plus près. Ainsi les copains de Slimane, à la décontraction joueuse, qui discutent de son sort à la terrasse de l'hôtel où il vit : ils se mettent à ressembler à un choeur antique qui aurait trop lu la trilogie marseillaise de Pagnol. Kechiche filme des morceaux d'humanité. Des blocs. Comme ce plan-séquence saisissant où Rym tente de convaincre sa mère, murée dans son refus, de se rendre à la fête de Slimane. C'est un moment étourdissant, où se mêlent et s'emmêlent reproches, menaces, flatteries, exhortations, chantages... Comme dans L'Esquive, les mots se bousculent, les expressions, toujours les mêmes, répétées à l'infini, deviennent une litanie étrange, bizarre mélange de langue parlée et de texte ourlé. C'est magnifique.
Certains regretteront quelques ellipses narratives. Or c'est le style même de Kechiche d'avancer ainsi par soubresauts successifs. D'autres lui reprocheront un montage parallèle, un rien trop insistant, entre la course solitaire de Slimane dans les rues de Sète et la danse du ventre de Rym, sur le bateau en fête. Mais cet étirement du temps nourrit alors un vrai suspense : la graine du couscous, mystérieusement disparue, sera-t-elle retrouvée à temps pour permettre à Slimane de gagner son pari ? Jusqu'au bout, Kechiche ne dévie pas : il filme la tragédie d'un homme qui veut se prouver qu'il existe encore. Il filme le plus honnêtement du monde. Le plus simplement.
Pierre Murat
| Genre : une histoire simple.
Slimane a été renvoyé sans ménagement du chantier naval où il a travaillé toute sa vie. Loin de se laisser abattre, il décide de retaper un des vieux rafiots qui croupissent sur le port de Sète et d'en faire un restaurant, où il servira le couscous au poisson de son ex-femme. Avec l'aide de Rym, la fille de sa compagne, nettement plus bravache que lui, il entame l'héroïque parcours du combattant, obligatoire, en France, pour celui qui songe à monter une petite entreprise...
Avec Abdellatif Kechiche, on est immédiatement au coeur des gens. De leur quotidien. A la fois réaliste et poétique, il filme en continuité des morceaux d'humanité : le plan-séquence où Rym tente de convaincre sa mère de se rendre à la fête de Slimane, par exemple. Moment étourdissant, où se mêlent et s'emmêlent reproches, menaces, flatteries, exhortations, chantages...
Comme dans L'Esquive, les mots se bousculent, les expressions, répétées à l'infini, deviennent une litanie étrange. Jusqu'au bout, Kechiche ne dévie pas : il filme le plus honnêtement du monde la tragédie d'un homme qui veut se prouver qu'il existe encore. — Pierre Murat
Pierre Murat
domingo, 26 de julho de 2015
Marina de Carlos Ruiz Zafon
Marina revela o segredo de Oscar Drai, que , decide voltar Barcelona para nos contar uma história de amor que o marcará para sempre.
A história que nos é contada 15 anos depois, ocorre entre finais de setembro de 1979 até maio de 1980.
Oscar Drai aos 15 anos vive num colégio interno. Por vontade de aventura ou pela monotonia dos seus dias, decide aventurar-se e explorar os arredores. Descobre a mansão de Sarriá e os seus habitantes, Marina e o seu pai German Blauque é um pintor viúvo.
É uma história de amor com contornos misteriosos e de terror onde vão surgindo outras personagens: Mijail Kolvenik, a sua mulher Eva Irinova, o doutor Shelley, a filha Maraa, e o inspector Florián.
ver:
http://oimaginariodoslivros.blogspot.pt/2013/09/marina-de-carlos-ruiz-zafon.html
A história que nos é contada 15 anos depois, ocorre entre finais de setembro de 1979 até maio de 1980.
Oscar Drai aos 15 anos vive num colégio interno. Por vontade de aventura ou pela monotonia dos seus dias, decide aventurar-se e explorar os arredores. Descobre a mansão de Sarriá e os seus habitantes, Marina e o seu pai German Blauque é um pintor viúvo.
É uma história de amor com contornos misteriosos e de terror onde vão surgindo outras personagens: Mijail Kolvenik, a sua mulher Eva Irinova, o doutor Shelley, a filha Maraa, e o inspector Florián.
ver:
http://oimaginariodoslivros.blogspot.pt/2013/09/marina-de-carlos-ruiz-zafon.html
"Uma menina está perdida no seu século à procura do pai"
Marius foge de alguma coisa e Hanna procura o pai.
Algures na europa, depois da II guerra.
As personagens são diferentes, com histórias que convergem para a busca.
Paira o espectro do nazismo: no hotel, no fotógrafo, nas mensagens encriptadas, no nome de Goering.
Hanna tem trissomia 21 e também foge? Vem com uma caixa de instruções que podem ser aplicadas a cada um de nós.
Eu acho!
sábado, 4 de julho de 2015
sábado, 20 de junho de 2015
domingo, 14 de junho de 2015
sábado, 13 de junho de 2015
domingo, 31 de maio de 2015
terça-feira, 26 de maio de 2015
segunda-feira, 4 de maio de 2015
sexta-feira, 1 de maio de 2015
domingo, 29 de março de 2015
O da Joana de Valério Romão
O da Joana
Autor: Valério Romão
Editora: Abysmo
N.º de páginas: 156
ISBN: 978-989-98019-8-1
Ano de publicação: 2013
Autor: Valério Romão
Editora: Abysmo
N.º de páginas: 156
ISBN: 978-989-98019-8-1
Ano de publicação: 2013
No seu romance anterior (Autismo), Valério Romão colocava, durante muitas dezenas de páginas, um casal consumido pelo desespero à porta de uma urgência hospitalar, ansiando por notícias que nunca chegavam sobre o filho de seis anos, atropelado horas antes. A espera kafkiana face ao muro da intransigência burocrática era a metáfora perfeita da incomunicabilidade que ferira de morte a família – o autismo do filho a desencadear ondas de choque, como uma «bomba com retardador» que de repente explode. Em O da Joana, segundo volume da trilogia «Paternidades falhadas», reaparece a figura opressiva do hospital, mas desta vez tudo (ou quase tudo) decorre lá dentro, um espaço claustrofóbico, asfixiante, espécie de inferno onde uma mulher grávida é condenada a dar à luz um nado-morto.
A narrativa não se fecha logo nas salas e corredores da maternidade, começa antes numa animada festa, sobre a qual paira, no travo melancólico da alegria suburbana, uma espécie de aviso ou prenúncio do que nos aguarda. Valério descreve tudo com minúcia, numa prosa rápida, elástica, abrangente, feita de panorâmicas e zooms, como num documentário que a National Geographic fizesse sobre nós, humanos, esses primatas no fundo tão semelhantes nas suas «pulsões mais profundas e genuínas». Fala-se, por exemplo, do «magnetismo» primário que faz com que as mães sejam atraídas pelo choro dos filhos, seguindo o instinto de «um coração feminino devidamente calibrado». E é aqui que a história inicia o seu deslize para um «alto-mar existencial no qual tudo quanto há se desnuda na inexistência de terra firme». No meio da confusão, Joana procura um bebé que chora algures num quarto, encontra-o, identifica uma fome que se apressa a saciar com um mamilo «de onde despontavam já (…) bolsas microscópicas de leite», para logo dissolver este momento íntimo em algo mais perturbante, à medida que as carícias no bebé se transformam numa «apneia» de «prazer dúbio dos sentidos que se confundem», concluída num orgasmo.
Quando o leitor descobre que o filho não é dela e a mãe verdadeira se prepara para um confronto de pura energia animal, instala-se uma «arritmia da normalidade». Saber que tudo não passou de um pesadelo gera talvez um sentimento de alívio, até porque sinaliza o rompimento das águas e o início da corrida para a maternidade, onde Joana espera cumprir o sonho alimentado durante oito anos de obsessão, durante os quais preparou a sua vida, ao milímetro, em função do filho que um dia haveria de chegar. O problema é que a «arritmia da normalidade» é transposta do mundo onírico para o mundo real. Se, no sonho, ela fazia coisas «próprias do escuro», embaraçosas «porque não são próprias de mim», essas coisas perseguem-na na vigília, uma vez que o corpo continua a perder-se, «assim que eu viro as costas à lucidez e abro mão da consciência».
A perdição do corpo, neste caso, assume a forma de um silêncio: dentro da mãe, o coração do Francisco deixou de bater. É esta tragédia que acompanhamos momento a momento, sem elipses nem pausas para respirar, até ao paroxismo do arrepiante desenlace, numa vertigem de realismo cru e visceral sem paralelo na literatura portuguesa. Entre o corpo e a dor, «desabam as fronteiras que permitem que o primeiro localize e contenha a última». E nós assistimos a esse desabamento que, numa Joana transformada em «barco sem tripulação, abandonado à sua sorte», corresponde ao desabamento da própria realidade. Terrível, duríssimo, admirável, este é um romance que traz à luz feridas e angústias, sem anestesia, a frio, mas com a delicadeza de quem respeita infinitamente o lado mais brutal da vida.
A narrativa não se fecha logo nas salas e corredores da maternidade, começa antes numa animada festa, sobre a qual paira, no travo melancólico da alegria suburbana, uma espécie de aviso ou prenúncio do que nos aguarda. Valério descreve tudo com minúcia, numa prosa rápida, elástica, abrangente, feita de panorâmicas e zooms, como num documentário que a National Geographic fizesse sobre nós, humanos, esses primatas no fundo tão semelhantes nas suas «pulsões mais profundas e genuínas». Fala-se, por exemplo, do «magnetismo» primário que faz com que as mães sejam atraídas pelo choro dos filhos, seguindo o instinto de «um coração feminino devidamente calibrado». E é aqui que a história inicia o seu deslize para um «alto-mar existencial no qual tudo quanto há se desnuda na inexistência de terra firme». No meio da confusão, Joana procura um bebé que chora algures num quarto, encontra-o, identifica uma fome que se apressa a saciar com um mamilo «de onde despontavam já (…) bolsas microscópicas de leite», para logo dissolver este momento íntimo em algo mais perturbante, à medida que as carícias no bebé se transformam numa «apneia» de «prazer dúbio dos sentidos que se confundem», concluída num orgasmo.
Quando o leitor descobre que o filho não é dela e a mãe verdadeira se prepara para um confronto de pura energia animal, instala-se uma «arritmia da normalidade». Saber que tudo não passou de um pesadelo gera talvez um sentimento de alívio, até porque sinaliza o rompimento das águas e o início da corrida para a maternidade, onde Joana espera cumprir o sonho alimentado durante oito anos de obsessão, durante os quais preparou a sua vida, ao milímetro, em função do filho que um dia haveria de chegar. O problema é que a «arritmia da normalidade» é transposta do mundo onírico para o mundo real. Se, no sonho, ela fazia coisas «próprias do escuro», embaraçosas «porque não são próprias de mim», essas coisas perseguem-na na vigília, uma vez que o corpo continua a perder-se, «assim que eu viro as costas à lucidez e abro mão da consciência».
A perdição do corpo, neste caso, assume a forma de um silêncio: dentro da mãe, o coração do Francisco deixou de bater. É esta tragédia que acompanhamos momento a momento, sem elipses nem pausas para respirar, até ao paroxismo do arrepiante desenlace, numa vertigem de realismo cru e visceral sem paralelo na literatura portuguesa. Entre o corpo e a dor, «desabam as fronteiras que permitem que o primeiro localize e contenha a última». E nós assistimos a esse desabamento que, numa Joana transformada em «barco sem tripulação, abandonado à sua sorte», corresponde ao desabamento da própria realidade. Terrível, duríssimo, admirável, este é um romance que traz à luz feridas e angústias, sem anestesia, a frio, mas com a delicadeza de quem respeita infinitamente o lado mais brutal da vida.
Avaliação: 8,5/10
[Texto publicado no suplemento Actual, do semanário Expresso]
in Bibliotecário de Babel
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
Medo
Um dia, feito o silêncio da minha inquietude, caminhei à beira do precipício do medo, feito fragilidade.
Sem dores e evitando confrontos, sigo em frente. Ser eu, numa sorte de vácuo, asfixiada pela ausência de razão.
Chego sempre atrasada ao encontro das minhas emoções.
Tal qual pardal assustadiço e inseguro.
As mãos, as pernas, a alma tremem. O coração também.
Incertezas que decorrem da vida e dos sentimentos.
Sou e estou.
Quero e pareço.
Não fujo. A realidade persegue-me tal sono sobressaltado e superficial.
Este sono sonho, que me consome agora, a minha irrealidade.
Avanço.
Insegura.
Devagar.
Reflito na vida que desliza vertiginosamente.
Já não posso voltar atrás.
Avanço.
Insegura.
Devagar.
Reflito na vida que desliza vertiginosamente.
Já não posso voltar atrás.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
domingo, 18 de janeiro de 2015
Contrariedades
Contrariedades
Eu hoje estou cruel, frenético, exigente;
Nem posso tolerar os livros mais bizarros.
Incrível! Já fumei três maços de cigarros
Consecutivamente.
Dói-me a cabeça. Abafo uns desesperos mudos:
Tanta depravação nos usos, nos costumes!
Amo, insensatamente, os ácidos, os gumes
E os ângulos agudos.
Sentei-me à secretária. Ali defronte mora
Uma infeliz, sem peito, os dois pulmões doentes;
Sofre de faltas de ar, morreram-lhe os parentes
E engoma para fora.
Pobre esqueleto branco entre as nevadas roupas!
Tão lívida! O doutor deixou-a. Mortifica.
Lidando sempre! E deve a conta na botica!
Mal ganha para sopas...
O obstáculo estimula, torna-nos perversos;
Agora sinto-me eu cheio de raivas frias,
Por causa dum jornal me rejeitar, há dias,
Um folhetim de versos.
Que mau humor! Rasguei uma epopéia morta
No fundo da gaveta. O que produz o estudo?
Mais duma redação, das que elogiam tudo,
Me tem fechado a porta.
A crítica segundo o método de Taine
Ignoram-na. Juntei numa fogueira imensa
Muitíssimos papéis inéditos. A imprensa
Vale um desdém solene.
Com raras exceções merece-me o epigrama.
Deu meia-noite; e em paz pela calçada abaixo,
Soluça um sol-e-dó. Chuvisca. O populacho
Diverte-se na lama.
Eu nunca dediquei poemas às fortunas,
Mas sim, por deferência, a amigos ou a artistas.
Independente! Só por isso os jornalistas
Me negam as colunas.
Receiam que o assinante ingênuo os abandone,
Se forem publicar tais coisas, tais autores.
Arte? Não lhes convêm, visto que os seus leitores
Deliram por Zaccone.
Um prosador qualquer desfruta fama honrosa,
Obtém dinheiro, arranja a sua coterie;
E a mim, não há questão que mais me contrarie
Do que escrever em prosa.
A adulação repugna aos sentimentos finos;
Eu raramente falo aos nossos literatos,
E apuro-me em lançar originais e exatos,
Os meus alexandrinos...
E a tísica? Fechada, e com o ferro aceso!
Ignora que a asfixia a combustão das brasas,
Não foge do estendal que lhe umedece as casas,
E fina-se ao desprezo!
Mantém-se a chá e pão! Antes entrar na cova.
Esvai-se; e todavia, à tarde, fracamente,
Oiço-a cantarolar uma canção plangente
Duma opereta nova!
Perfeitamente. Vou findar sem azedume.
Quem sabe se depois, eu rico e noutros climas,
Conseguirei reler essas antigas rimas,
Impressas em volume?
Nas letras eu conheço um campo de manobras;
Emprega-se a réclame, a intriga, o anúncio, a blague,
E esta poesia pede um editor que pague
Todas as minhas obras
E estou melhor; passou-me a cólera. E a vizinha?
A pobre engomadeira ir-se-á deitar sem ceia?
Vejo-lhe luz no quarto. Inda trabalha. É feia...
Que mundo! Coitadinha!
Cesário Verde, in 'O Livro de Cesário Verde'
Nem posso tolerar os livros mais bizarros.
Incrível! Já fumei três maços de cigarros
Consecutivamente.
Dói-me a cabeça. Abafo uns desesperos mudos:
Tanta depravação nos usos, nos costumes!
Amo, insensatamente, os ácidos, os gumes
E os ângulos agudos.
Sentei-me à secretária. Ali defronte mora
Uma infeliz, sem peito, os dois pulmões doentes;
Sofre de faltas de ar, morreram-lhe os parentes
E engoma para fora.
Pobre esqueleto branco entre as nevadas roupas!
Tão lívida! O doutor deixou-a. Mortifica.
Lidando sempre! E deve a conta na botica!
Mal ganha para sopas...
O obstáculo estimula, torna-nos perversos;
Agora sinto-me eu cheio de raivas frias,
Por causa dum jornal me rejeitar, há dias,
Um folhetim de versos.
Que mau humor! Rasguei uma epopéia morta
No fundo da gaveta. O que produz o estudo?
Mais duma redação, das que elogiam tudo,
Me tem fechado a porta.
A crítica segundo o método de Taine
Ignoram-na. Juntei numa fogueira imensa
Muitíssimos papéis inéditos. A imprensa
Vale um desdém solene.
Com raras exceções merece-me o epigrama.
Deu meia-noite; e em paz pela calçada abaixo,
Soluça um sol-e-dó. Chuvisca. O populacho
Diverte-se na lama.
Eu nunca dediquei poemas às fortunas,
Mas sim, por deferência, a amigos ou a artistas.
Independente! Só por isso os jornalistas
Me negam as colunas.
Receiam que o assinante ingênuo os abandone,
Se forem publicar tais coisas, tais autores.
Arte? Não lhes convêm, visto que os seus leitores
Deliram por Zaccone.
Um prosador qualquer desfruta fama honrosa,
Obtém dinheiro, arranja a sua coterie;
E a mim, não há questão que mais me contrarie
Do que escrever em prosa.
A adulação repugna aos sentimentos finos;
Eu raramente falo aos nossos literatos,
E apuro-me em lançar originais e exatos,
Os meus alexandrinos...
E a tísica? Fechada, e com o ferro aceso!
Ignora que a asfixia a combustão das brasas,
Não foge do estendal que lhe umedece as casas,
E fina-se ao desprezo!
Mantém-se a chá e pão! Antes entrar na cova.
Esvai-se; e todavia, à tarde, fracamente,
Oiço-a cantarolar uma canção plangente
Duma opereta nova!
Perfeitamente. Vou findar sem azedume.
Quem sabe se depois, eu rico e noutros climas,
Conseguirei reler essas antigas rimas,
Impressas em volume?
Nas letras eu conheço um campo de manobras;
Emprega-se a réclame, a intriga, o anúncio, a blague,
E esta poesia pede um editor que pague
Todas as minhas obras
E estou melhor; passou-me a cólera. E a vizinha?
A pobre engomadeira ir-se-á deitar sem ceia?
Vejo-lhe luz no quarto. Inda trabalha. É feia...
Que mundo! Coitadinha!
Cesário Verde, in 'O Livro de Cesário Verde'
Viver sempre também cansa
Viver Sempre também Cansa
Viver sempre também cansa.
O sol é sempre o mesmo e o céu azul
ora é azul, nitidamente azul,
ora é cinzento, negro, quase-verde...
Mas nunca tem a cor inesperada.
O mundo não se modifica.
As árvores dão flores,
folhas, frutos e pássaros
como máquinas verdes.
As paisagens também não se transformam.
Não cai neve vermelha,
não há flores que voem,
a lua não tem olhos
e ninguém vai pintar olhos à lua.
Tudo é igual, mecânico e exacto.
Ainda por cima os homens são os homens.
Soluçam, bebem, riem e digerem
sem imaginação.
José Gomes Ferreira, in 'Viver Sempre também Cansa'
O sol é sempre o mesmo e o céu azul
ora é azul, nitidamente azul,
ora é cinzento, negro, quase-verde...
Mas nunca tem a cor inesperada.
O mundo não se modifica.
As árvores dão flores,
folhas, frutos e pássaros
como máquinas verdes.
As paisagens também não se transformam.
Não cai neve vermelha,
não há flores que voem,
a lua não tem olhos
e ninguém vai pintar olhos à lua.
Tudo é igual, mecânico e exacto.
Ainda por cima os homens são os homens.
Soluçam, bebem, riem e digerem
sem imaginação.
José Gomes Ferreira, in 'Viver Sempre também Cansa'
As ondas
Por Alexandra Lucas Coelho
Poucos romances, em todo o século XX, nos mostraram tão intensamente como a literatura podia ser ainda uma coisa nova e viva
Podemos começar pelo que este livro não é, para arrepiar caminho. E para isso, tomemos de empréstimo o que dele disse Jorge Luis Borges: "Não há argumento, não há conversa, não há acção." Era um cumprimento. E Virginia Woolf estaria de acordo. Assim, solto da ganga romanesca e dentro da cabeça que pulsa, o quis ela, desde o princípio.
Em Novembro de 1928 - tinha ela 44 anos, e era já a autora aclamada de "Orlando, "Mrs. Dalloway" ou "Rumo ao Farol", três dos seus mais notáveis romances -, escreveu Virginia Woolf no seu diário: "Quero eliminar todo o desperdício, todas as coisas mortas, o supérfluo: dar o momento inteiro, com tudo o que faz parte dele. Digamos que o momento é um misto de pensamento, de sensação, a voz do mar... Esse medonho assunto da narrativa realista, avançar do almoço para o jantar, é falso, irreal, meramente convencional. Porquê admitir algo na literatura que não seja poesia - até à saturação, mesmo? É isso que quero fazer em 'As Mariposas'"
"As Mariposas" foi, entre 1928 e 1929, o título provisório desse projecto, dessa "tentativa completamente nova" no interior da literatura. Depois, quando Virginia Woolf se lembrou "de repente" (a expressão é dela) que as mariposas só voam de noite, mudou o título para "As Ondas". E no Outono de 1929 começou a escrever aquela que viria a ser considerada por muitos (não Borges, que preferia "Orlando") a sua obra-prima.
Bernard, Neville, Louis, Jinny, Susan, Rhoda. Seis personagens, seis vozes que falam, não umas com as outras, não para fora, mas dentro de si - há ainda uma sétima personagem, Percival, que a todos fascina, mas que nunca escutaremos.
Cada fala destas seis personagens (seis faces de um rosto único?) é a torrente caótica e fabulosa de imagens e palavras que se forma dentro da cabeça em minutos, em segundos. São eles - as suas vozes, sempre em discurso directo - que nos levam através do seu percurso, da infância à maturidade, em nove etapas. O livro percorre, nessas etapas, o tempo da vida humana.
Mas há um outro tempo, paralelo, sem personagens, sem fala, antes de cada etapa: uma descrição da viagem que o sol faz ao longo de um dia, e do efeito desse movimento numa paisagem com mar. As ondas quebram-se assim, sincopadamente, tal como bate o coração. 
http://static.publico.pt/docs/cmf/autores/virginaWolf/amanha.htm
Subscrever:
Mensagens (Atom)
ISABELA FIGUEIREDO LANÇA “UM CÃO NO MEIO DO CAMINHO”
https://youtu.be/qTt36ja7LOQ?si=Kjlj0eKp0zUYnBLY&t=168
-
Marina revela o segredo de Oscar Drai, que , decide voltar Barcelona para nos contar uma história de amor que o marcará para sempre. A hi...
-
http://www.ufjf.br/darandina/files/2010/01/artigo01.pdf http://citador.pt/biblio.php?op=21&book_id=572 Esta trilogia fascinou-me o ...